A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é uma lei federal no Brasil criada para unificar 40 leis existentes para regular o tratamento de dados pessoais de indivíduos. Foi aprovada em 18 de setembro de 2020 e tornou-se retroativa, entrando em vigor em 16 de agosto de 2020. As penalidades tornaram-se executáveis em 1º de agosto de 2021, e os titulares dos dados e as autoridades públicas puderam fazer valer seus direitos a partir de 18 de setembro de 2020. Especialistas do Aguaya Simão em conformidade com a Lei Geral de Proteção de Dados!
Para os consumidores, a LGPD oferece proteção crucial contra abusos e vazamentos de dados, e assegura direitos como o acesso, correção, e exclusão de suas informações. A lei também impõe obrigações às empresas, forçando-as a adotar práticas de proteção de dados e a informar claramente como suas informações são usadas. Esse cenário não apenas reforça a segurança e a privacidade dos indivíduos, mas também influencia como as empresas interagem com seus clientes, oferecendo uma maior responsabilidade e clareza nas práticas de tratamento de dados.
Principais Dados Pessoais Coletados pelas Empresas e a Regulamentação da LGPD
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), sancionada no Brasil em 2018, estabelece diretrizes rigorosas para a coleta, uso e armazenamento de dados pessoais. A LGPD exige que as empresas obtenham o consentimento explícito dos titulares dos dados antes de coletá-los, além de garantir que essas informações sejam usadas de maneira transparente e segura. A lei também confere aos indivíduos o direito de acessar, corrigir e excluir seus dados pessoais.
O Impacto da LGPD na Relação Entre Empresas e Consumidores no E-Commerce
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) brasileira exige que as empresas busquem analisar suas práticas de coleta, armazenamento e processamento de dados pessoais. Além disso, inclui a nomeação de um Encarregado da Proteção de Dados (DPO), a realização de avaliações de impacto à privacidade e a criação de políticas de privacidade claras. Portanto, o não cumprimento das ordens desta lei pode resultar em multas substanciais, que podem variar de 2% da receita anual da empresa até um limite de 50 milhões de reais.
As empresas atualmente enfrentam diversos desafios para se adaptar à LGPD. Um dos principais desafios é a conscientização e o treinamento dos funcionários. Mudar a cultura organizacional para priorizar a privacidade pode ser muito complexo e difícil. Além disso, a identificação e classificação de dados pessoais, bem como a adaptação de sistemas e processos para atender às regulamentações, são tarefas que consomem tempo e recursos.
O que significa interesse legítimo?
Geralmente, interesse legítimo significa uso de dados pessoais de uma forma que seja razoavelmente esperada (tipicamente pelo titular dos dados), benéfica para o controlador e o titular, mas não legalmente exigida. “Interesse” é um termo muito amplo e pode abranger qualquer coisa, desde interesses comerciais até o bem público.
O interesse legítimo nos termos do Artigo 10 da LGPD se aplicaria sob diversas condições amplas:
- o processamento de dados tem um benefício claro, mas não é legalmente obrigatório
- há pouco risco de o processamento violar a privacidade dos titulares dos dados
- os titulares dos dados podem razoavelmente esperar que a utilização dos seus dados
As organizações não podem simplesmente reivindicar interesse legítimo como sua base legal para sua própria conveniência. O processamento precisa ser necessário para um propósito definido, e transparência adicional é necessária. O uso de interesse legítimo requer o equilíbrio dos direitos dos titulares dos dados com os interesses dos controladores de dados (e possíveis terceiros).
O conceito de interesse legítimo é menos maduro no Brasil do que na UE, então há uma discussão em andamento sobre o que constitui interesse legítimo e sob quais circunstâncias é apropriado aplicá-lo. Houve preocupação desde que a lei foi elaborada sobre o interesse legítimo ser “carta branca” para controladores de dados e, portanto, seu uso pode atrair um escrutínio mais rigoroso das autoridades de proteção de dados.
Há um teste de três partes que é considerado uma prática recomendada antes de decidir sobre o interesse legítimo como base legal para o processamento de dados:
- teste de propósito (qual é o interesse legítimo)
- teste de necessidade (o processamento é necessário para a finalidade definida)
- teste de equilíbrio (quais são os interesses do indivíduo/titular dos dados)
Direitos dos Titulares de Dados sob a LGPD e Como Exercê-los
O artigo 18 descreve que uma pessoa singular cujos dados são processados ao abrigo deste regulamento tem o direito de:
- confirmar que seus dados pessoais estão sendo processados
- acessar seus dados pessoais
- corrigir dados pessoais incompletos, incorretos ou desatualizados
- anonimizaram, bloquearam ou eliminaram quaisquer dados desnecessários ou excessivos, ou dados processados em não conformidade com a regulamentação
- solicitar que um controlador de dados mova seus dados pessoais para outro provedor de serviço ou produto, conhecido como portabilidade de dados
- apagar os seus dados pessoais, com as exceções previstas no artigo 16.º
- receber informações sobre entidades públicas ou privadas com as quais seus dados pessoais foram compartilhados e como
- receber informações sobre o seu direito de recusar o consentimento ao tratamento dos seus dados pessoais e as consequências da recusa
- revogar o consentimento para o processamento dos seus dados pessoais uma vez concedido
Aguaya Simão: Expertise Jurídica em Diversas Áreas de Atuação
O Aguaya Simão é um renomado escritório de advocacia que se destaca pela sua ampla gama de áreas de atuação, oferecendo soluções jurídicas especializadas para uma variedade de necessidades. Com uma equipe de profissionais experientes e dedicados, o escritório cobre áreas que vão desde direito empresarial até questões de direito imobiliário e direito tributário. A diversidade de sua atuação permite ao Aguaya Simão oferecer uma abordagem integrada e estratégica para resolver questões complexas e atender às demandas específicas de seus clientes, garantindo um atendimento de alta qualidade e soluções eficazes.
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FAQ sobre a LGPD: Por Que Essa Lei Te Interessa Mais do Que Você Imagina
1. O que é a LGPD e por que ela é importante para mim?
A Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) é uma legislação brasileira que regula a coleta, o uso e o armazenamento de dados pessoais. Sancionada em 2018 e em vigor desde 2020, a LGPD tem como objetivo garantir a privacidade e a proteção dos dados dos cidadãos. Ela é importante porque estabelece direitos claros para os titulares de dados, como o acesso, a correção e a exclusão de informações pessoais, e exige que as empresas adotem práticas rigorosas de proteção de dados. Essa lei assegura que você tenha maior controle sobre suas informações pessoais e promove a transparência das práticas das empresas com relação ao tratamento de dados.
2. Quais são os principais direitos que a LGPD garante aos titulares de dados?
A LGPD garante aos titulares de dados vários direitos importantes, incluindo:
- Direito de Acesso: Permite que você saiba quais dados pessoais estão sendo coletados e como estão sendo utilizados.
- Direito de Correção: Dá a você o poder de solicitar a correção de informações pessoais incorretas ou desatualizadas.
- Direito de Exclusão: Autoriza a solicitação para a exclusão de dados pessoais que não são mais necessários para a finalidade para a qual foram coletados.
- Direito de Portabilidade: Permite transferir seus dados para outro fornecedor de serviços.
- Direito de Revogação: Permite retirar seu consentimento para o tratamento de dados a qualquer momento.
3. Como posso exercer meus direitos sob a LGPD?
Para exercer seus direitos, você deve enviar uma solicitação formal para a empresa ou organização que está tratando seus dados pessoais. As empresas geralmente disponibilizam canais específicos para o atendimento a essas solicitações, como e-mails ou formulários online. Após o recebimento da solicitação, a empresa deve responder de forma clara e dentro dos prazos estabelecidos pela LGPD. É importante manter registros das comunicações e acompanhar o processo para garantir que suas solicitações sejam atendidas de maneira adequada.
4. O que as empresas devem fazer para estar em conformidade com a LGPD?
As empresas devem adotar diversas práticas para estar em conformidade com a LGPD, incluindo:
- Implementação de Políticas de Privacidade: Informar claramente aos consumidores sobre a coleta e o uso de dados pessoais.
- Obtenção de Consentimento: Garantir que o consentimento para coleta e tratamento de dados seja explícito e informado.
- Segurança de Dados: Adotar medidas de segurança para proteger os dados contra vazamentos e acessos não autorizados.
- Treinamento e Conscientização: Treinar funcionários sobre a importância da proteção de dados e as práticas necessárias para garantir a conformidade com a lei.
5. Quais são as consequências para as empresas que não cumprirem a LGPD?
Empresas que não cumprem a LGPD podem enfrentar sanções significativas, incluindo multas que podem chegar a 2% do faturamento anual da empresa, limitado a R$ 50 milhões por infração. Além das multas, as empresas podem sofrer danos à sua reputação e enfrentar ações judiciais dos consumidores. A aplicação das sanções é realizada pela Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que é responsável pela supervisão e regulamentação do cumprimento da LGPD.
Fonte: https://www.gov.br/transportes/pt-br/ouvidoria/perguntas-e-respostas-sob-aspectos-da-lgpd